O blog morreu


Sim, o blog morreu.
A ferramenta instantânea de autopublicação já não é mais tão instantânea assim. Afinal, é preciso velocidade, não é isto? Desta forma, o imediatismo do post perde para a urgência dos 140 caracteres. O espaço para reflexão é colocado por terra comparado à rapidez dos links encurtados, dos retwittes acelerados, dos trending topics celebrados.

E bem nesta hora, resolvemos ter um blog.

Ultrapassados, acreditamos que uma porção de assuntos rendem mais do que uma frase pretensamente conclusiva. Tradicionais, somos tomados pelo gosto que a reflexão proporciona - e para reflexão é preciso tempo e espaço. Temos prazer pelos embates apaixonados que opiniões discordantes possibilitam. Gostamos de opinar, colocar o dedo, de elogiar, discordar, definir que não é bem assim, voltar atrás e também não chegar a lugar nenhum. E poucos espaços são tão cabíveis a isto como um blog. Disto não temos dúvida.

O hermetismo às vezes faz bem. Não crer tão rápido que o e-mail morreu (e tuitar antecendo a morte do e-mail!), que a TV agoniza e que os quinze minutos de antes são os quinze segundos de agora (os 140 caracteres de então serão os 40 de amanhã?).

Como humanos somos cheios de contradições, cacoetes, apegos e erros.
Hoje continuamos adorando blogs e querendo levar este muito adiante, abrindo para todos o que antes era só discussão interna.

Vamos continuar pensando o mesmo amanhã? Aparece aqui para descobrir.

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