De volta às origens.


O logo da GAP mudou, foi odiado pelo universo, e aí, o que acontece? “Desculpe, foi um engano.”.


Tudo bem, você pode voltar atrás de alguma decisão, porque, nessa realidade em que tudo é líquido, já se espera que tudo mude mesmo. Até as opiniões. Mas, vamos combinar, né? Mudar um logo, conhecido e adorado por tanta gente há tantos anos, da noite pro dia, e esperar que a reação seja a mais pacífica possível foi um erro primário. Errar é humano, mas não exclui o fato de que pode ser catastrófico. E foi.


Depois de perceber a mancada, a marca resolveu voltar atrás, humildemente, e admitir que foi um erro mudar o logo da GAP a bel prazer, ignorando a opinião principal: a do consumidor.


Diz: que empresa, hoje, pode agir sem se comunicar com seu público-alvo antes? Não dá, né? Não que a decisão deva ser tomada pelo público, e a empresa deva acatar a seus caprichos e desejos, somente. Mas é importante (pra não dizer fundamental) que o consumidor seja parte do que ocorre com a empresa.


Se você disca um número errado, você pede desculpa, desliga, e liga de novo. Mais ou menos o que a GAP fez: mudou o logo, viu a opinião do consumidor, pediu desculpa, descartou o tal logo novo e foi à luta novamente, com a munição que está acostumada a usar há uns bons anos.


Infelizmente, a empresa fez o caminho inverso. Antes de sair tomando decisões e colocando-as em prática, por favor: ouça seu público e veja se ele está aberto a mudanças, principalmente a mudanças drásticas.


Inovar e evoluir é muito digno, mas não é sinônimo de se perder a essência.


Anyways: a empresa viu o erro, reparou, e teve a humildade necessária para vir a público e dizer “ERRAMOS. Now, move on.”. E está certa. Não se chora o leite derramado, mas se limpa a bagunça.


A GAP, queridinha há tanto tempo, vai se sair bem dessa, é claro, afinal, seu público vai perdoá-la. E aposto que ela nunca mais vai acordar com vontades estranhas de mudar e, simplesmente, agir, esquecendo que sempre vai ter gente olhando. E criticando. Muito.

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