Demissão ao vivo.

E a censura continua, em pleno 2010.


O jornalista Paulo Beringhs, da TBC – TV Brasil Central, resolveu não engolir em seco e soltar o verbo. Ele resolveu fazer valer a democracia, e convidou os dois candidatos a governador de Goiás, que seguem no segundo turno, para um debate político. Acontece que a TV pública local é vinculada ao governo de Goiás, e o jornalista acabou indo de frente com a AGECOM – Agência Goiana de Comunicação, mantenedora da TV Brasil Central e ligada ao grupo de Iris Resende (PMDB), oponente de Marconi Perillo (PSDB) na disputa pelo cargo do governo de Goiás.


O que aconteceu, então? Censura, claro.


O que era direito – a liberdade de expressão – , parece voltar às mãos dos governantes, que permitem que a única palavra que saia seja a seu favor. E cadê a liberdade? Pois é.


Como Beringhs não quis engolir sapo, fez um espetáculo ao vivo: anunciou sua demissão em frente às câmeras, e desconsertou quem estava ao seu lado.


TV ao vivo tem dessas, mas apresentadores com essa coragem, são poucos. Ele não pôde seguir com o debate que pretendia, mas fazer a emissora passar um carão e engolir sua demissão ao vivo, com certeza foi um tapa na cara de quem proíbe a fala (e a ação), e acha que ficará por isso mesmo.


Falta entender até onde vai esse conceito de democracia. Confere o momento da demissão:



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