E O cara se lança. Pro mundo.


(Já aviso de antemão que esse é um post sentimental.)


E o que foi um lançamento, foi, também, uma despedida.

No mesmo dia que o nosso Diretor de Criação lançou sua obra, A Sordidez das Pequenas Coisas, ele se despediu da casa. Sua casa, SPR, e sua casa, o Rio Grande do Sul.

É, o cara tá indo pra São Paulo tentar a vida na cidade grande. Bem grande. Quase tão grande quanto ele.

Ok, meio complicado ter que escrever um post que marca a despedida do cara. Sabe quando as palavras do dicionário ficam obsoletas e insuficientes? Pois é. E sabe quando as palavras vão saindo e, quando você vê, já escreveu um livro? O Alê sabe. Mas não é o caso.

Agora tem um monte de sentimentos e sensações que tomam conta de cada um, de uma maneira diferente. Uns vão sentir falta do cara competente, que dava os pitacos na hora certa, e dava os cortes (tem que ser, né?) quando precisava. Outros vão sentir falta dos momentos de descontração, dos almoços e happy hour. Eu, particularmente, me sinto um pouco órfã (não é pra menos!).

É uma mistura de sentimentos, que faz com que as palavras tranquem, e custem um pouquinho a sair.

Felicidade, porque, né? O cara tá indo "rumo a novas descobertas", como ele mesmo colocou no e-mail em que anunciava sua partida.

Tem aquela tristeza, ao nos darmos conta que seu lugar vai ficar vazio, que não vão ter mais suas gargalhadas aleatórias em alguma hora do dia, que não vão ter seus e-mails com alguma novidade cool que ele catou pela rede, que fizeram o Régis contar suas experiências de infância e geraram polêmica com o Cícero, que não vão mais ter crises de moda num papo amistoso com o Gustavo (sorry, guys), e que não vai ter sua cantoria ao escutar alguma música, alienado do mundo, em contato com seu fone de ouvido e nada mais. É, fica um vazio, um coração apertado em cada canto da agência.

Eu não sei quais foram suas primeiras palavras ao entrar na SPR, mas sei quais foram suas primeiras palavras ao me colocar na SPR: "Esse é o frango, meu peixe". (oi?) Por aí, vi que, de normal, ele não tinha nada. E, cá entre nós: ainda bem que ele nunca foi normal mesmo.

Tá, eu sei: sou suspeita a falar, já que sou assistente do cara (né?). Mas, justamente por ser sua assistente e ter tido contato direto com ele, acho que dá pra saber bem o tipo de cara que está deixando os pampas, e vai indo de encontro às giriazinhas paulistinhas (com todo o respeito ao povo de São Paulo).

Diretor de Criação, diretor de toda a criação da SPR. Literalmente, ele deixa suas crias pra trás. E as deixa, porque sabe que elas vão adiante. Não é um abandono: é um alçar vôo. E, como tudo que vai, volta, ninguém aqui vê essa despedida como um adeus. Nem poderia ser, porque, creio que fale por todos: não teria como dizer adeus a alguém como ele.

É, seu Alê. Na realidade, já diria o Bolaños, é claro que todo mundo está feliz com a tua conquista. Mas é claro que está todo mundo com o coração pequeno, por não saber quando vai ouvir tu pedir outra alteração no layout, uma mudança no título, ou ouvir alguma ideia mirabolante que tu teve num insight nonsense. Mas teu coração é grande. E tu nos fez maiores.

Rasgação de seda, alguns devem estar pensando. Né? Mas, não. Admiração. E não deve ter alguém pra discordar.

Alê: te toca daqui logo. Vai atrás do teu sucesso que, na verdade, tu já carrega contigo há muito tempo. Conquista o mundo, vai ser O CARA de Sampa, porque, dos Pampas, tu já é.

Te ver indo é triste e óbvio. Triste, claro, porque não vai ser legal não ter o cara todo o santo dia ali do lado. Mas óbvio, mais que óbvio, que "ficar" não seria suficiente pra ti. Tu é um cara do mundo. E, como o mundo te pertence, nada mais justo que tu buscar o que é teu por direito.

Obrigada? É pouco. E clichê. Mas cada um aqui agradece, porque não tem outra palavra melhor (ou digna) que possa ser dita agora.

Um silêncio, um olhar, um desejo de que tu conquiste o mundo toma conta de cada um, que quer te desejar tudo, e acaba dizendo palavras confusas e, já diria o poeta, palavras repetidas. Mas de coração.

Vai lá mostrar pra'quela gente de SP o que o gaúcho tem.

O teu e-mail de despedida teve como assunto “Não poderei (mais) ir”. Pois bem: aqui, tu poderá sempre. E em qualquer lugar que tu for.

Todo o sucesso do mundo pra ti, Alê. E parabéns a todos os envolvidos.

(É, eu avisei que seria um post sentimental.)

;)

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