E o auê que rolou no findi e que tá rolando até agora por conta da campanha da Arezzo? A marca, super conceituada, por sinal, resolveu que seria bacana desenvolver uma campanha toda baseada em peles de animais chamada Pelemania.
Beleza, todo mundo já esbravejou sobre o fato de que em plena época de cuidado ambiental, sustentabilidade, e do tal do “politicamente correto” batendo na porta não dá pra fazer uma campanha que apoia a prática de arrancar as peles dos animais e estampar isso pra quem quiser ver. Além de ser cruel, chega a ser uma afronta. Mais impressionante ainda, é a “surpresa” que foi pra marca a reação das pessoas. Oi? Vocês da Arezzo não se ligaram que isso ia SIM acontecer?
O povo gosta de pele. Não dá pra ser hipócrita. O povo acha bonito, acha símbolo de status, whatever. Só que o povo não abraça a causa. Tu não vai ver uma campanha de suporte à morte de chinchilas para você ter o casaco mais lindo do mundo.
Aí, tem quem diga que sentenciar a situação é hipocrisia, já que todo mundo come carne, usa couro, blábláblá. É, pode ser. Mas tirar a pele dos animais só porque é bonito? Não, né?
Só que, pior do que lançar a campanha sem a menor noção, foi a marca voltar atrás. Pô: já fez a bobagem, agora assume! A Arezzo ficou uns dias sem se pronunciar (o pronunciamento tinha que ser certeiro, né?), e daí saiu com essas declarações no Twitter:
Cara, sério. Se tu foi capaz de lançar uma campanha dessa, seja corajoso pra manter, apesar de ir contra a opinião da maioria. Se desculpar com os ofendidos, beleza. Mas voltar atrás, mostrando que não tem tanto posicionamento assim, não dá. Tudo bem que manter a campanha não ia ser sinônimo de sucesso, mas assumir a posição de perdedor, nesse caso, acaba sendo covardia e prova de um planejamento falho. O que é muito diferente de assumir um erro, lógico. Mas a marca que lança uma campanha dessas, depois de um longo processo de criação, na boa, não acha que está cometendo um erro: ela acredita na “causa” e a joga pro mundo. Não acho que a Arezzo tenha considerado sua campanha um erro. O problema, pra ela, foi a reação do consumidor. Só.
As opiniões sobre a questão são inúmeras, claro. Tem gente que apoia, tem gente que condena, tem de tudo. Não acho que seja possível ser politicamente correto o tempo inteiro, mas também não precisa ir tão longe na ousadia, ofendendo meio mundo e fazendo mal pra natureza, colocando na vitrine crueldade contra os animais.
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