No caos, né people?
No dia 5 desse mês, rolou uma movimentação estranha em Recife. Na terra e no mundo das redes sociais.
Considerando que seria uma ideia brilhante e segura, os órgãos públicos noticiaram que, de forma preventiva, o expediente no estado deveria ser até as 4 da tarde, porque teria pico da maré à noite.
Até aí, ok. O governo tá preocupado e informando os cidadãos de possíveis riscos que podem ocorrer, então vamos prevenir a coisa toda, certo? Não, né people! Como que tu fala que tem risco de alguma coisa em algum lugar, e esquece que o povo pensa que qualquer alarme quer dizer “Estamos fechando o mundo”?
Gente, o poder é do Twitter. Tudo o que tu fala, vai pra lá, e não demora pra que esteja nos TT’s. E aí, o que acontece? Um monte de boato pode virar verdade absoluta, e o meio que deveria servir como suporte, ou ser de boa utilidade, vira um campo minado que tem um monte de bomba pra explodir.
Sem o menor tato, o governo não teve monitoramento nenhum da situação online, e foi gerado quase que um 2012 no Twitter. E aí, o que rolou? Um milhão de estabelecimentos fechados no meio da tarde, com medo do mundo acabar naquele dia. E o governo, enquanto isso? Afundado em algum lugar, porque foi incapaz de se manifestar.
E daí, de novo, eu digo que tem gente que subestima essa rede social. Sendo verdade ou não, as informações que correm ali geram movimento, e muito. A falta de informação precisa fez o caos se instalar, sendo que seria preciso apenas uma manifestação para que o povo entendesse que não se tratava do fim dos tempos e, sim, de uma tentativa de cuidar da segurança de forma mais precisa. Tiro no pé, né? Não é só com o povo que o governo tem que estar conectado. É com a internet mesmo. Se é pra lá que o povo corre ao sinal de qualquer desconforto, não é lá que devem estar as informações cruciais pra se manter a ordem e a paz? Já passou da hora de colocar o pé no chão e entender que um simples cuidado com as redes sociais pode salvar muita situação e barrar muito problema por aí.
É assim que surgem os boatos, e as ideias estapafúrdias de que 2012 será o fim dos tempos. Tem que ver isso aí, hein produção?
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