A Censura ainda censura.



Até celebridades conhecidas mundialmente e símbolo de rebeldia sofrem com a censura e a repressão. Ainda. Dizem que todos têm o direito de se expressar livremente, mas até onde isso é só uma conversa fiada que soa bonitinho aos nossos ouvidos, ou é realidade mesmo? A cantora Pink sofreu isso na pele. Após o lançamento do videoclipe da música Please Don’t Leave Me, em 2009, uma polêmica girou em torno da produção. O clipe foi considerado muito violento por alguns canais de televisão, já que mostrava a “roqueira do pop” torturando o namorado com ares sádicos. Foi feita, então, uma nova versão para o clipe da música, totalmente romântica e com inspirações nos filmes mudos de antigamente, para acabar com a polêmica. Nele, Pink interpreta uma gigante que se apaixona por um anão, vivido por seu namorado, o motociclista Carey Hart. Uma transformação da água pro vinho, pode-se dizer. Além de ter que investir em mais uma superprodução, a cantora encarnou uma personagem que foge do seu estereótipo. Claro, com um pouco do seu toque característico em evidência, mas, com certeza, fugindo daquilo que ela representa habitualmente.

No caso da Pink, não houve uma revolta total contra o clipe. Ele “apenas” foi proibido por algumas emissoras de TV. Já no caso da cantora M.I.A., seu clipe foi altamente criticado. O YouTube se recusou a colocá-lo no ar, e retirou os que foram postados pelos fãs da cantora. Violento, com explosões, mortes, nudez, o clipe Born Free causou grande rebuliço, e sua proibição fez com que a cantora se enfurecesse, e descontasse sua raiva em seu Twitter, dizendo “P***A UMG (Universal Music Group), POR QUE O VÍDEO NÃO PODE SER EXIBIDO NOS ESTADOS UNIDOS?”. O clipe não é recomendado para menores de 18 anos, já que contém cenas fortes e impressionantes. Um verdadeiro curta-metragem que critica qualquer tipo de conflitos étnicos. Algo complicado de se lidar ainda nos dias de hoje. Quem quiser conferir, respira fundo e clica aqui pra ver o clipe da M.I.A.E, pra ver a nova versão do clipe da Pink, espia aí embaixo e compare as duas versões. Até que ponto a censura permite a liberdade de expressão do artista, e o permite ser ele mesmo, e até onde vai a repressão, retirando a identidade do indivíduo? Parece que, mesmo depois de tanto tempo, não são somente as referências em filmes antigos que vigoram, mas as referências em comportamentos arcaicos.


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