As mães também estão ligadas.

Ontem, no intervalo do Fantástico, um comercial me chamou a atenção. Não o comercial em si, na verdade, mas a reação de quem estava ao meu lado.


Tem quem acredite que quem não vive no meio publicitário não presta atenção no que é apresentado, e não tenha noção de produção, custos e, principalmente, cuidado com o cliente.


Pois bem: a sala estava tomada por pessoas que nada têm a ver com publicidade. Então, começou a rodar o novo comercial da Nova Schin. Nele, é reproduzida uma espécie de festa cheia de samba comandada pela Ivete e pelo Carlinhos Brown. O filme conta, ainda, com a presença de vários artistas, tipo a Cleo Pires, a Deborah Secco, o Bruno Gagliasso, o Samuel Rosa, e o Zeca Baleiro.


Esse último, inclusive, chamou a atenção. Foi quando surgiu o comentário de minha mãe: “Olha! Referência direta com a outra marca de cerveja, que tem como garoto propaganda o Zeca, mas o Pagodinho”. Ok, ela tava ligada.


Aí, o comercial foi gravado de modo que houvesse continuações. E, novamente minha mãe: “Olha! Espera que daqui a pouco continua”. E a discussão, depois, foi em torno de se poder ou não citar aspectos explorados por outras marcas em suas propagandas, quanto uma marca paga para colocar no ar, em horário nobre, seu filme, a importância de colocar celebridades que inspirem credibilidade (mesmo que para beber cerveja), e o efeito positivo que é gerado quando a marca se preocupa com o bem estar do consumidor.


O consumidor opina. Ainda existe essa mania de tratar público final como robô, que diz amém para tudo, sem contestar o que está sendo exposto. Mas, #ficadica: ele opina, e opina muito. E gosta quando nota que a marca se preocupou com sua satisfação e, mais do que isso, proporcionou momentos de diversão. E mais: gerou expectativa. Ingenuidade pensar que se pode criar, simplesmente, e esperar que a ideia seja comprada sem alguma reação.


Do mesmo jeito que a minha mãe tava ligada no comercial na hora do Fantástico, muita tia, primo, irmão, cunhada, whatever, também estavam de antena em pé, ouvindo o jingle da propaganda, e percebendo o cuidado de mostrar toda a sinergia que a marca busca transmitir.


Pra mim, nesse caso, o cervejÃO foi coadjuvante, porque foi muito mais importante perceber na prática, de um modo simples, como nosso trabalho é capaz de atingir o público, mesmo que num fim de noite de domingo, quando a gente acha que nada mais vai surpreender. Mas, quando se trata do consumidor, surpresa é o que mais pode acontecer.


Aproveita e dá o play no vídeo que tá valendo pela animação:



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